A importância da adoção de soluções inovadoras no processo de gestão do RPPS.

17 de agosto de 2020

Há tempos que no meio empresarial a inovação passou a ser o principal diferencial, quase que uma regra para se manter no mercado, isso porque a qualidade – antes percebida como um fator de distinção – passou a ser uma obrigação de todas as empresas.

 

Na esfera pública não é diferente, e podemos cravar que se atrasou quem apostava que essa dinâmica – tão presente no meio privado – demoraria a chegar nos Regimes Próprios de Previdência Social. As mudanças já estão acontecendo com muita rapidez e serão melhores e mais bem aproveitadas por aqueles que já se convenceram a participar dos processos de inovações e mudanças, especialmente no que diz respeito à forma de pensar, agir e interagir nessa nova era do conhecimento.

 

Mudanças na legislação provocadas pela EC 103/19 e até mesmo o programa institucional da Secretaria de Previdência [PRÓ GESTÃO] já impunham uma nova visão aos gestores, e essa necessidade foi potencializada pelas transformações sociais, políticas e econômicas provocadas pelos efeitos da Pandemia do Coronavírus no cenário mundial, com severos reflexos na conjuntura nacional.

 

Como bem apontou Luís Gustavo Lima, Partner da ACE, em artigo publicado recentemente na Harvard Bussines Review, a crise decorrente da COVID-19 acelerou o processo de adoção de partes da transformação digital, do trabalho ágil e da necessidade de se ter uma estratégia de inovação e levá-la a sério.

 

Lima salientou ainda que numa live promovida pelo portal UOL, uma frase do Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, chamou a atenção de seus ouvintes: “temos uma grande parcela de culpa nessa crise, porque não tínhamos coragem digital e de inovação! Essa é que é a realidade. Por exemplo, do dia para a noite tivemos que colocar a empresa inteira para trabalhar de casa. E deu certo. Não faríamos desta forma no processo normal, levaria mais de nove meses, ainda que a tecnologia necessária já estivesse disponível. Precisamos da crise para pensar e criar novas formas de vender e nos relacionar com nossos clientes de forma digital.”

 

Assim, não é difícil trazer a reflexão de que a agenda de inovação deverá ocupar cada vez mais o centro da estratégia dos gestores dos RPPS para direcionar o eixo das soluções exigidas pelos novos desafios. E a utilização de ferramentas tecnológicas que possibilitam a dinamização da atuação dos gestores é medida que urge num contexto normal, mais importante ainda quando colocamos em perspectiva os desafios que estão nos sendo impostos pela pandemia.

 

Nas reuniões que tem se seguido aqui na empresa já é consenso que os gestores dos Regimes Próprios de Previdência Social precisam enfrentar diversas situações e problemas complexos que, como acreditamos, precisam de um novo olhar para suas resoluções, uma nova e moderna mentalidade de gestão pública capaz de produzir políticas públicas, boas práticas e serviços necessariamente inovadores. Precisarão estar ainda mais atentos, mais abertos a implementarem soluções que possibilitem não só o atendimento remoto aos segurados, mais também uma interação ainda mais efetiva com estes.

 

André Barcelos

Advogado

Gerente Comercial da Agenda Assessoria

 

 

Fonte: www.revistarppsdobrasil.com.br

 

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